COBRANÇA JUDICIAL: O QUE É E COMO FUNCIONA ?

A cobrança judicial é um processo legal utilizado para garantir o pagamento de dívidas não quitadas. Quando métodos extrajudiciais, como negociações e acordos amigáveis, não são suficientes para resolver a inadimplência, o credor pode recorrer ao Judiciário para assegurar o recebimento do valor devido. Este artigo aborda os principais aspectos da cobrança judicial, desde sua definição até seu funcionamento prático.

Definição e Contexto Legal

A cobrança judicial é o processo em que um credor, utilizando o sistema judicial, procura assegurar o pagamento de uma dívida. Esse procedimento é regulado pelo Código de Processo Civil (CPC), além de outras normas específicas que variam conforme a natureza da obrigação. A ação de cobrança judicial pode ser proposta por diferentes categorias de credores, como indivíduos, empresas e entidades financeiras.

Etapas da Cobrança Judicial

1. Envio da Notificação Extrajudicial: Antes de dar início ao processo judicial de cobrança, é comum que o credor encaminhe uma notificação extrajudicial ao devedor, pedindo o pagamento da dívida. Essa notificação atua como uma última tentativa de resolver a situação de forma pacífica.

2. Propositura da Ação: Se a notificação extrajudicial não resultar em pagamento, o credor pode então ajuizar uma ação judicial. Para isso, é necessário que o advogado do credor redija uma petição inicial, a qual será apresentada no fórum adequado.

3. Citação do Devedor: Após o registro da ação, o juiz determina a citação do devedor, que recebe uma notificação formal sobre a existência do processo e é chamado a apresentar sua defesa.

4. Fase de Contestação: Após receber a citação, o devedor tem um prazo estipulado por lei para apresentar sua defesa, ou seja, a contestação. Nesse momento, ele pode levantar diversos argumentos para justificar sua falta de pagamento ou questionar a legitimidade da dívida. 

5. Instrução e Julgamento: Com a contestação submetida, o processo avança para a fase de instrução, onde se reúnem provas, ocorrem audiências e são feitos depoimentos. Após a conclusão dessa fase, o juiz emitirá a sentença, decidindo se a dívida é válida e se deve ser quitada. 

6. Execução da Sentença: Caso a sentença favoreça ao credor e o devedor não efetue o pagamento de forma voluntária, o processo segue para a fase de execução. Nessa etapa, o juiz pode ordenar a penhora de bens do devedor para assegurar o cumprimento da dívida.

Principais Aspectos e Consequências

Penhora de Bens: Um dos principais mecanismos de execução é a penhora de bens, onde o juiz ordena o confisco de ativos do devedor, como imóveis, veículos, contas bancárias e outros bens de valor. A penhora de bens é uma medida coercitiva que visa garantir o cumprimento da obrigação de pagamento. O devedor, ao ver seus bens penhorados, pode ser pressionado a quitar a dívida para evitar a perda de seu patrimônio.

Negociação durante o Processo: Mesmo com a cobrança judicial em andamento, as partes ainda podem chegar a um acordo. Em várias situações, o devedor opta por negociar uma forma de quitação para evitar a penhora de seus bens. Tais negociações podem acontecer em qualquer fase do processo de cobrança e, se bem sucedida, pode ocorrer a suspensão ou até mesmo a extinção da ação judicial. O juiz pode homologar o acordo entre as partes, assegurando sua legitimidade e finalizando o conflito de maneira mais ágil e menos cansativa para todos os envolvidos.

Impacto no Crédito: Uma cobrança judicial pode impactar significativamente a vida de um devedor. Quando uma ação judicial é iniciada, especialmente no caso de inadimplência, essa informação pode ser registrada em entidades de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Além do efeito direto na habilidade de conseguir crédito, a cobrança judicial pode prejudicar também a reputação do devedor no mercado. Empresas que estão sujeitas a ações judiciais de cobrança podem ter sua imagem comprometida, o que pode impactar futuras relações comerciais e abalar a confiança de parceiros e clientes. Portanto, a cobrança judicial deve ser analisada com cautela, tanto pelo credor quanto pelo devedor, sempre considerando as melhores opções para lidar com a inadimplência.

Considerações Finais

A cobrança judicial é uma ferramenta essencial para resguardar os direitos dos credores, especialmente quando outras tentativas de recuperação falharam. Embora o procedimento possa ser complicado e acarretar despesas, ele disponibiliza mecanismos robustos para assegurar que as obrigações financeiras sejam cumpridas. Ter a orientação de um advogado especializado é crucial para gerir a ação de maneira eficaz, garantindo que todas as etapas sejam realizadas corretamente e elevando as probabilidades de êxito na recuperação do crédito. Sendo assim, se precisar de orientação ou ajuda para resolver um problema de ação de cobrança, não hesite em entrar em contato com um advogado especializado.

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